Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: infinito. William Blake
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Dead Man - Jim Jarmusch
O diretor Jim Jarmusch é este gênio do cinema independente. Bem sucedido e sempre cult, foi aluno, na década de 80 de Nicholas Ray e de Laslo Benedek na Escola de Cinema de Nova York . Nascido no Ohio, em 53, representa a ousadia do artista que não se rende ao glamour hollywoodiano.
Dead Man é a estória quase surreal de William Blake (Depp), um jovem que viaja para o Oeste em meados do séc. XIX, mas sua viagem começa mesmo quando involuntariamente se transforma em um fora da lei.
Conhece e fica amigo de Nobody, um índio que por ter estudado na Europa quando capturado, o confunde com o escritor morto William Blake.
Os diálogos são quase filosóficos e os cortes de cena são sempre em fade in (escurece uma cena e acende em outra). Uma viagem certamente.
Já deu pra perceber que o filme - p/b - é mesmo uma viagem. Sem contar com a música de Neil Yong. E Jhonny Depp no papel principal, claro.
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O Jardim do Amor
Tendo ingressado no Jardim do Amor,
Deparei-me com algo inusitado:
haviam construído uma Capela
No meio, onde eu brincava no gramado.
E ela estava fechada; "Tu não podes"
Era a legenda sobre a porta escrita.
Voltei-me então para o Jardim do Amor,
Onde crescia tanta flor bonita,
E recoberto o vi de sepulturas
E lousas sepulcrais, em vez de flores;
E em vestes negras e hediondas os padres faziam rondas,
E atavam com nó espinhoso meus desejos e meu gozo.
William Blake
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