quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Enganos - Day

 Era princesa no começo 
e gostosa era a maçã vermelha ácida doce.
 Veio o primeiro c chupou-lhe a inocência; 
o segundo levou as ilusões;
 o terceiro injetou-lhe um filho no ventre. 
Este filho cresceu 
e tornou-se o vilão da estória. 
E assim a princesa morreu, 
pelas mãos cruéis do último destino.

Lúdico e infernal - Day


 Um homem pode viver na mentira, 
enganando-se com porra e filosofia; 
pode colecionar vaginas, almas em desepero, 
pode falsificar assinatura do espírito, 
enganar a Deus, chupar os chifres de Satã.
Ele pode cantar vitória sobre os outros,
 ignorar sua solidão, deitar todas as noites 
e gargalhar em pesadelos repetidos.
 Ele pode até ferir com espada faladora,
 magoar  deusas e ninfas, cruel com dedos brilhantes.
 Todavia, este homem não escapará de envelhecer só, 
e a morte o beijará, finalmente.

Espera - Day



 Era um maremoto, ou coisa parecida,
cortinas voando em tons azuis, 
o fato é que a luz que entrava 
junto ao vento e era insólita, 
não se sabia de onde vinha. 
Olhando o pesado relógio na parede craquelada
 notei que lá não estava teu retrato, 
a minha lembrança e tudo que ficou de ti
 para que eu não morresse entre os jardins 
e a piscina sem água, um abismo de ladrilhos
 que me chamou por anos: joga-te!
Então a tempestade levou pelas vidraças
 as nossas fotos. 
Olhando o punhal de madrepérola, 
resoluta desafiei a covardia minha.
 Mas, assim como o anjo impediu
 o desatinado Abraão,
 eu também interrompida fui. 
Quando olhei de novo a moldura de nosso retrato,
 ela transformara-se em ti homem outra vez.
Disseste com embargada voz de saudade:
 _ Vim buscá-la, querida. Ficaremos juntos eternamente, io e te.

Homem Pesadelo - Day


 Lembrei de minha roupa aquela que tirei suja de lama e solidão. 
Teu corpo fedia como flores cemitério, tua boca ardia pelas palavras desconexas, estavas drogado num país chuvoso.
Na linha do trem o anjo negro te levou. Ao longe, meu olhar cantou enquanto o vestido de seda rasgado mostrava meus ombros mordidos pelos corvos que saíam do teu ventre e espumavam tua garganta. Overdose de amônia e cicuta, 
foste embora acometido de cegueira. Ainda pude vê-lo
 a desaparecer entre as negras nuvens daquela cidade estranha
onde deixei para trás minhas botas, o casaco de couro 
e os preservativos da miséria. Agora a morte te engravida entre pomares desiludidos. Tua fruta é azeda e seca 
como merda de ovelha. 
Vai-te, criatura triste, voa sem par, pois teu destino já estava guardado pelo secular livro das mentiras.

A sorte dos amantes - Day


 Teu crédito acabou, vim buscar-te miserável, andemos! 
Tua vida pregressa aqui está, na palma de minha mão, 
teus afazeres se findam, teu lugar está já aquecido
 entre travesseiros de madeira, 
pedras e plumas de gavião. 
Não! Não necessitas bagagem, tua viagem não é longa, 
pois tão perto estás do humo! 
Olhai, devasso entre as mulheres, os anjos que afligiste, 
e de tua zombaria poucas lembrarão. 
Não foste amado por mulher alguma; tua prostituição, 
o odor chegou às cavernas de meu domínio. 
Vê-lo morto tua mãe dirá,
ó filho ingrato que enlouqueceste! 
O que de errado possivelmente fiz, ó morte calada! 
Porque nada àquela direi. Na confusão dos vermes que lá habitam, 
de longe, nenhuma de tuas amantes saberá quem é você 
em meio à turba de horrores. 
Larga agora teus livros, teu dinheiro e andemos:
 A noite está por findar e lá é escura toda festa dos amores.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Tempo me leva - Day



Seria presumidamente pedir demais 

de ti um beijo ainda que fugaz, 

mesmo sem tua língua a passear 

no céu de minha boca florida, 

posso perguntar, estranho que te tornaste,

poderia eu argumentar debaixo

 do teu corpo morto

 o que deveria eu fazer, tão só sem lucidez

que teu amor levou, oh egoísta, 

falacioso e o mais impuro dos homens! 

Logo a ti fui dar meu nervo vivo,

 as entranhas de mulher, para agora, 

depois do desamanhecer 

tu me traíres com a primeira puta que te chama. 

Em chamas todo meu corpo arde, como dói 

a dor do amor que não responde! 

Quão grande é o sofrimento da solitária

que tu dizes louca e desprezas

como faz o homem do bar com os últimos bebedores. 

Nunca mais fiquei em transe alcoólico

 só para te agradar, 

enveredar meus beijos pelas tuas curvas

 repletas de pêlos e creme de barbear.

 Quisera, num ímpeto de agonia, 

beber até cair como um prédio condenado,

 sim, talvez, quem sabe, o meu amor voltasse a mim,

 implorando aos céus do Universo, 

porque voando o tempo tão rápido

quem dera tê-lo outra vez, antes de morrer.

Para Ulisses

Primavera - Augusto dos Anjos



  
 A meu irmão Odilon dos Anjos
 
Primavera gentil dos meus amores,
- Arca cerúlea de ilusões etéreas,
Chova-te o Céu cintilações sidéreas
E a terra chova no teu seio flores!
 
Esplende, Primavera, os teus fulgores,
Na auréola azul dos dias teus risonhos,
Tu que sorveste o fel das minhas dores
E me trouxeste o néctar dos teus sonhos!


Cedo virá, porém, o triste outono,

Os dias voltarão a ser tristonhos
E tu hás de dormir o eterno sono,


Num sepulcro de rosas e de flores,

Arca sagrada de cerúleos sonhos,

Primavera gentil dos meus amores!

A Louca - Augusto dos Anjos




A Dias Paredes
 
Quando ela passa: - a veste desgrenhada,
O cabelo revolto em desalinho,
No seu olhar feroz eu adivinho
O mistério da dor que a traz penada.

Moça, tão moça e já desventurada;
Da desdita ferida pelo espinho,
Vai morta em vida assim pelo caminho,
No sudário de mágoa sepultada.

Eu sei a sua história. - Em seu passado
Houve um drama d’amor misterioso
- O segredo d’um peito torturado -

E hoje, para guardar a mágoa oculta,
Canta, soluça - coração saudoso,
Chora, gargalha, a desgraçada estulta.

A dança da psiquê - Augusto dos Anjos



 
A dança dos encéfalos acesos
Começa. A carne é fogo. A alma arde. A espaços
As cabeças, as mãos, os pés e os braços
Tombara, cedendo à ação de ignotos pesos!


É então que a vaga dos instintos presos
— Mãe de esterilidades e cansaços —
Atira os pensamentos mais devassos
Contra os ossos cranianos indefesos.


Subitamente a cerebral coréa
Pára. O cosmos sintético da Idéa
Surge. Emoções extraordinárias sinto...


Arranco do meu crânio as nebulosas.
E acho um feixe de forças prodigiosas
Sustentando dois monstros: a alma e o instinto!

Tarik e a Fada - Day



Como conceber teu meigo e perseguido olhar, meu amor?
Como ir lá fora e assassinar os ratos que te mordem, 
aqueles repulsivos cadáveres que sonham com teu corpo morto
 e tuas palavras sem vida!
Sim, eu sei como deles te livrar, tão fácil o inceticida do porrete usar,
Fazê-los sobre teus escritos vomitar, esganar seus poemas mentirosos
E enforcá-los na primeira esquina!
Por você, meu nobre e secular amor, vou à guerra e trago para ti as cabeças miseráveis 
daqueles que te magoaram ao pôr-do-sol, e farei deles carnificina e comida para os porcos.
Acalma-te, meu amor sangrento, que o dia, quando raiar, tua vampira escudeira estará a gargalhar,
mostrando-te quão cruel um anjo pode ser, enterrando as unhas vermelhas nas jugulares malditas
dos que te feriram...
Dorme agora em meu colo, e não sonha mais nada, apenas ouve nossas almas 
cantando a vitória junto aos querubins da eternidade...




O interior dos homens - Day

Tão irônico quanto perigoso é falar o que manda o coração,
Inesperadamente passo a ser o acusador, o vilão.
O mundo está deserto e, claro, já não resta quente um amor que seja.
Basta olhar para os lados, para o vizinho, um amigo virtual.
Tudo se desmorona e, infelizmente, os maus vão ganhando terreno infernal.
De alguma forma eles são seduzidos por forças contrárias ao Bem, à sinceridade entre as relações...
Mas um dia a casa cairá, e sobre tais pessoas, apenas escombros, e somente esses as ouvirão em seus lamentos finais,
somente os escombros suas gargantas
                                       lamberão! 








domingo, 23 de setembro de 2012

Um Conto sem Hoffmann


Autor - Thiers Rimbaud



A fome enevoava resquícios
verbo acrílico sem parâmetro
seguindo rastros
e Hoffmann?
tempos passaram e não eram verbos
eram tempos de algum pretérito
raiva escondida na esquina
apunhalava
roubava-me pedaços
de pão
contida como
paralelepípedo ensangüentado
chovia fino
os pensamentos dançavam…
teria enlouquecido?
debaixo do temporal
pensei nos cachos de mademoiselle
a permear nuca branca e saliente
abri a boca, lambi
precisava arder em sangue
precisava
queimar-me na lama
desta aventura
leva me, leva-me…
easy rider.

Thiers R> é uma promessa na literatura brasileira.

Cartas de Amor de Rua

Autor - Paulo Castro



Antes dela ter uma ideologia, a gente a fodia em troca de pinga e histórias em quadrinhos. Eu sempre acrescentava algo mais, tinha pena do menino, presenteava o pequeno com roupas, mas sempre estava um tanto atrasado em seu crescimento.
Bêbada, ela me chamava de saudosista.
A gente ria muito e depois íamos para a praça ou algum quarto vago e barato por ali.
Depois ela foi colocada contra a parede pelo Conselho Tutelar, algo assim, arrumou um emprego, conversava com outras moças e ainda bebia, mas falava de seus direitos e segurava um pouco a onda.
Eu a prefiro assim.
Parece outra mulher, óculos, os cabelos curtos estão lisos e brilhantes, ela me conta das notícias de jornal, frequenta passeatas e o menino já é um rapaz que sonha com a faculdade de Sociologia.
Somos bons amigos e atualmente é ela que me aconselha.
Nunca deixará de ser uma dona de boa alma.
Mas eu estou bem como estou.
Tomando coragem pra lhe entregar todas as cartas de amor que não entreguei durante esses anos.
Mas ela vai me achar tolo.
É uma besteira arrastada e nada mais.
Paulo Castro é escritor e  médico psiquiatra, e já não dá para saber onde começa um e termina outro.

A reunião


Há muito, muito tempo atrás, um homem que era conhecido por O Homem que Sabia, reuniu algumas pessoas e as levou a uma praça, onde muita gente se aglomerara, a fim de ouvi-lo. Ele levou consigo uns homens que eram, um médico, o outro um jardineiro, um padeiro, um carpinteiro, e ainda um escriba muito erudito.

Depois de acomodados em cadeiras de madeira, feitas pelo carpinteiro, o Homem que Sabia, pigarreou discretamente e começou a falar. O silêncio era absoluto.

“Amigos, eu os reuni hoje, para explanar sobre algumas questões que têm me tirado o sono. Certamente eu já cheguei a uma conclusão, contudo, tenho observado no povoado que vocês andam confusos com as questões trabalhistas. Sei que precisam ganhar o sustento para suas famílias. Entretanto, vêm-me aos ouvidos muitas reclamações no que tange às suas habilidades…”

A esta altura, uns homens negros e fortes chegaram com alguns utensílios. Eram materiais e ferramentas de acordo com as profissões dos homens.

Depois de tudo arrumado e organizado, o homem sábio mandou que cada profissional se apossasse das ferramentas aleatoriamente. Desta forma, o médico ficou com os apetrechos do padeiro, o padeiro com os do carpinteiro, este com os do escritor. E, finalmente, o escritor, apossou-se das ferramentas do jardineiro.

Então, o Homem que Sabia, cortesmente, pediu a cada um dos participantes que procurassem desenvolver alguma coisa com as ferramentas que dispunham.

Muitas horas depois, cansados, desistiram de suas obras. E todos admitiram que não possuíam habilidades para outras artes ou ofícios, mas que eram execpcionais naquilo que faziam.

O velho sábio olhou em volta. Chamou apenas dois dos concorrentes, objetivando prestar exemplo ao povoado. Se aproximaram dele, o carpinteiro e o escritor.

Perguntou ao primeiro:

_ O senhor, como excelente carpinteiro, como se sentiu ao ter que elaborar um belo texto, um escrito artístico, que só pode sair de um coração deveras criador?

O homem, ressentido, retrucou:

_ Meu senhor, sou capaz de construir qualquer móvel, qualquer apetrecho, e até crio formas e detalhes a cada invento, contudo, nenhuma palavra escrevi que pudesse ser chamada literatura.

O velho desviou o olhar do carpinteiro e se dirigiu ao escritor:

_ E o nobre escritor, também execelente em seus atributos, como se lhe deu com as artes da jardinagem?

_ Oh, meu nobre senhor da pura sabedoria…- redarguiu o escriba – Minha tarefa, aparentemente simplória, que era apenas plantar umas mudas de flores, em nada redundou, uma vez que mal consegui discernir a terra do adubo.

O Homem que Sabia levantou-se e, olhando para o povo, decretou:

_ E assim, todos os concorrentes não conseguiram desenvolver suas tarefas de forma agradável. – respirou e continuou – Deus, dá a cada um de nós uma habilidade específica. Muitas vezes até mais de uma.

Contudo, ai daquele que despreza seus dons e avara obter o dom do outro, tirando-lhe campo de trabalho e reconhecimento. Tal homem, que age com tamanho desatino, geralmente é um fracassado. E pior, ele mancha a arte do trabalho e da própria arte Arte.

Anelo saber que, a partir de hoje, deste memorável dia, cada um de vocês procurem sua arte, seu ofício, seus dons. Porque, mais tolo que o que mau profissional, que pode crescer e aprender, é aquele que nem profissional é digno de ser chamado.
(Dedico este texto a todos que escrevem por amor e dom)
Importado do Blog da Day, meu blog literário.

sábado, 22 de setembro de 2012

Voltando...

Depois de tanto tempo, devo voltar a escrever aqui, sobre cinema e afins. Para quem não sabe, eu tenho um Blog de Literatura. Se quiser conhecer, clique aqui. Até! :)

quinta-feira, 11 de março de 2010

Saudades de um cara chamado Blog que queria ser Rei



Andei distante deste blog, mas não distante do amor que sinto pelo cinema, o audiovisual em geral. E descubro, boquiaberta, que eu amo esse cara aqui, meu bloguito solitário.
Vou recomeçar. E, de cara, recomendo o épico "Davi". Independente de religiões ou crenças, o filme é magnífico por diversas razões, porém, exalto duas: a verdadeira história deste que é até hoje considerado o maior Rei de Israel. E a primorosa produção (super) que faz deste filme, um dos maiores épicos já concebidos pelo planeta cinema.

Viva o Rei Davi!

É a história de um jovem pastor que é aclamado como herói ao derrotar o poderoso Golias, guerreiro filisteu. Famoso por sua bravura destemida, torna-se o novo Rei de Jerusalém. Porém, seu futuro reinado é ameaçado quando ele se rende a um caso de amor ilícito, com uma mulher casada, e a engravida.
Por utilizr meios injustos a fim de resolver seus problemas, passa a sofrer graves punições divinas, e começa a perder gradativamente o controle sobre o seu povo e sua família. Mas seus esforços o tornaram um grande Rei e líder como um dos poucos indivíduos da história de Israel que conseguiu criar um reinado.

Ficha Técnica

Título original: David
Gêneros: Drama, Documentário
Tempo: 175min
Ano: 1996
Direção:
Robert Markowitz
Roteiro:
Larry Gross
Elenco:
Elenco:
Jonathan Pryce (Saul)
Nathaniel Parker (David)
Franco Nero (Nathan)
Leonard Nimoy (Samuel)
Sheryl Lee (Bathsheba)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

10 Roteiros e El Greco




Não perca artigo + trailer do filme EL GRECO 2007 no Blog da Dai:) A Fênix Apoplética





CULT

- Sete Homens e um Destino (western)

De John Sturges - ano 60

Com: Eli Wallach, Steve McQueen, Charles Bronson, Yul Brinner, Robert Vaughn, Brade Dexter.

- Um Rei em Nova York (comédia)

De Charles Chaplin - ano 57

Com Charles Chaplin, Dawn Addams, Jerry Desmonde


- El Greco (drama)

De Luciano Salce - ano 66

Com Mel Ferrer, Adolfo Celi, Rosanna Schinffino


- Lolita (drama)

De Adrian Lyne - ano 97

Com Jeremy Irons, Dominique Swain, Melanie Griffith


- Amor, Sublime Amor (musical)

De Jerome Robbins e Robert Wise - ano 61

Com Natalie Wood, Richard Beymer, Russ Tamblyn, George Chakiris


MAIS ATUAIS

- Ruas Sangrentas - O Acerto Final (ação)

De Vondie Curtis-Hall - 2006

Com Tyrese Gibson, Shawn Parr, Henry Hunter Hall


- Apocalypto - (ação)

De Mel Gibson - 2006

Com Rudy Youngblood, Dalia Hernández, Jonathan Brewer


- O Filho de Chucky (comédia)

De Don Mancini - 2004

Com Jennifer Tilly, Billy Boyd, Hannah Spearritt


- Rocky Balboa (drama)

De Silvester Stallone - 2006

Com Silvester Stallone, Burt Young, Milo Ventimiglia


- Do Inferno (suspense)

De Albert Hughes e Allen Hughes - 2001

Com Johnny Depp, Heather Graham, Ian Holm

domingo, 6 de julho de 2008

Salivas do Universo


Oi, tudo bem? Vem sempre aqui neste lado do céu, costuma olhar o outro lado, mergulha naquele sol pálido ali...? Nem sempre, prefiro aquele que congela aos poucos, sem meteoros, lá não tem dono, deus de jeito nenhum, sento e fumo, este fumo aqui é bom, veio de plantação lá daquele lado, depois da lua e, sinceramente, porcamente a terra anda uma merda... É, por isso me escondo neste lado da galáxia, sem falácia, bebo desta água azul e interrompo a comunicação... Olhando melhor, acho que te conheço sim, estas botas pratas são únicas e tua túnica tem um cheiro... Você também não me é estranho, mas tua gravata tá demodé.. ou então sei lá, com o brilho refletido de saturno ela fica, como direi... Ouvir estrelas.. Como? É isso que faço sempre aqui... ouço estrelas. Lá tá pesada a barra, preconceito, falação mediúnica, internet, um mau cheiro, água suja, não? Pode ser, mas aqui, neste oceano de leite, sou alérgico, esses lácteos... Tudo bem, toma aqui um gole, experimenta, vai gostar. Bom... é feito de quê? Saliva... a minha. Então é seu beijo. Sim. Bom... muito bom.

sábado, 21 de junho de 2008

Volto já!

Por enquanto estou sem tempo de postar por aqui. Volto em breve com alguns roteiros originais, inéditos para serem analisados.

Enquanto seu Lobo não vem, visite-me no meu blog literário. Será certamente um prazer recebê-la (o).
Clique aqui e visite o Blog da Dai :)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Programa de índio :)


SETCOM CONVIDA PARA A ESTRÉIA DO DOCUMENTÁRIO
O ÚLTIMO KUARUP BRANCO

SALA CINEMATECA
Sábado - 07de junho às 20h30
São Paulo


"O Último Kuarup Branco é a tradução, em belas imagens cinematográficas, da utopia de conciliação do Brasil profundo iniciada pelos irmãos Villas Bôas."
Maria Rita Kehl - Escritora

SINOPSE

“O Último Kuarup Branco” é uma viagem onírica de contato, imersa em um ambiente visual que evoca os estados alterados de consciência nos misteriosos rituais indígenas do Xingu. Neste trajeto, em forma de animações e depoimentos, comparece pela primeira vez a voz dos índios com protagonismo, e somos tomados por uma dolorosa lucidez. Percebemos como os níveis de produção e consumo atuais de nosso mundo são insustentáveis para o planeta, como as relações humanas, ao substituir colaboração por competição, são fontes geradoras de doenças e como há pouco tempo para reverter esse quadro. Percebemos, com horror, que além de destruir a nós mesmos numa espécie de insanidade coletiva, nossa civilização destrói também a esses povos ancestrais, que vivem sob um sofisticado sistema de respeito aos ciclos naturais e humanos. E recebemos uma mensagem da velha índia Airé, da nação Ikpeng: “Não nos matem”. É como uma advertência do próprio coração humano que diz: “não esqueçam a humanidade que habita em vocês”.

Longa metragem – 72’
Formato – High Definition