WEST SIDE STORY - AMOR, SUBLIME AMOR
Quando pensamos em uma idéia para um programa, e este é o primeiro passo, convivemos com essa febre por tempo indeterminado. Dependendo do projeto pode levar semanas, meses.
Idéias são proliferantes nas cabeças dos roteiristas. Eles dormem e acordam tendo as mais loucas & diversas idéias 'geniais'.
Garcia Márquez ensina, e muito bem algo que a princípio pode parecer desencorajador para o roteirista. A'derrubada de idéias'. E o papa do roteiro cinematográfico Syd Field ensina como ninguém a desenvolver uma estória a partir da Story Line em um livro perfeito e completo.
Num grupo de criação pode-se chegar com uma idéia perfeita para um projeto. Uma estória que poderá se transformar no filme de sua vida ou no programa de TV que mudará a televisão, o sistema de entretenimento. Mas alguém do grupo simplesmente 'derruba' a sua idéia. Lá se vai seu melhor projeto.
O que estou tentando dizer é que fazer roteiros não é tão simples como possa parecer a princípio. Há quem pense que fazer gravar imagens e sonorizar é o que caracteriza 'Cinema'. Mas o audiovisual é um mundo complexo de idéias e filosofias.
Mergulha-se em Foucault no cinema contemporâneo, Sócrates... Um sem fim de pensadores para fazer, às vezes um simples curta-metragem.
O maior desafio do roteirista talvez seja exprimir sua idéia em apenas cinco linhas. É o que chamamos de story line..
Um exemplo de Story Line. Exemplo do filme West Side Story, ou Amor, sublime amor. O musical de 61 dirigido por Jerome Robbins e Robert Wise que alavancou 11 Oscars.
Mas antes da sinopse, poderíamos resumir a estória assim:
"Musical que retrata temas sociais como racismo, xenofobia e a carência de jovens pobres que não têm opção de vida na cidade de Nova York.
Baseado no clássico Romeu e Julieta de Shakespeare, o filme conta a estória de dois jovens que se apaixonam e por serem de gangs inimigas, desemboca em trágico desfecho quando a violência denuncia o abandono desses jovens perdidos."
Apesar da formatação, esta é uma story line de exatas cinco linhas.
É assim, simples e direto. Por isso é melhor apresentar a story line para que sua idéia não seja derrubada depois de um calhamaço de sinopse.
2 comentários:
oi Dai.
Primeiro olá.
Eu não sabia que era tão bacana e complicado fazer um roteiro. Eu adoro essas formas de escrita, como direi, fechadas,. Eu adoro esse artesanato técnico, que em vez de tolher a capacidade do roterista, só faz melhorar, até em textos que não precisam ser rigorosamente marcados. É claro que isto é só um achismo. hehe
abs
Ol� L�o :)
Apare�a sempre. Vou dando uns 'bizus' por aqui. Fazer roteiro � interessante sim. N�o � considerado literatura mas todo roteirista � amante da literatura, l� e escreve muito. Vai vendo...
Beijo.
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